APENAS UMA VIBRAÇÃO, UM IMPULSO DE ENERGIA
Buda diz que o ego é uma continuidade não é uma substância - continuidade como uma chama que salta de uma labareda para outra, continuidade como um rio que flui, continuidade como o corpo.(...)
Buda diz que quando uma pessoa morre, os desejos acumulados de toda sua vida, as lembranças acumuladas de toda a sua vida, os padrões e karmas de toda a sua vida saltam como ondas de energia para um novo útero. É um salto. A palavra exata na física - os físicos o chama de "salto quântico" - um salto de energia pura, sem nenhuma substância nela. Buda foi o primeiro físico quântico, Einstein o seguiu 25 séculos depois.(...)
Quando uma pessoa morre, o corpo desaparece, a parte material desaparece, mas a parte imaterial, a parte mente, é uma vibração. Essa vibração é liberada, transmitida. E então, sempre que um útero certo estiver pronto para essa vibração, ela vai ali penetrar.
Não há ninguém indo - não há ego nenhum indo. Não há necessidade de que nada substancial vá; é apenas um impulso de energia. A ênfase é que isso é mais uma vez o mesmo saco do ego saltando. Uma casa tornou-se inabitável, um corpo onde não é mais possível viver; O antigo desejo pela vida - o termo que Buda usava é tanha, a ânsia pela vida - está tão vivo, ardendo. Esse mesmo desejo dá um salto.
Agora escute a física moderna. Ela diz que não existe matéria. (...) A matéria é simplesmente pura energia se movendo em uma velocidade tão fantástica que o próprio movimento cria a falsa ilusão, a aparência de substância. (...) A substância não existe, só existe energia pura. A ciência moderna diz só existe energia imaterial...
A dualidade é produzida pela linguagem. Você está caminhando - Buda diz que há apenas o caminhar. Você está pensando - Buda diz que existe o pensamento, não o pensador. O "pensador" é uma linguagem que é baseada na dualidade, ela transforma tudo em dualidade.(...)
A vida é um processo continuo, não apenas "processo" mas processos, uma continuidade, um continnum.(...) Buda diz que você não tem nenhuma individualidade, o universo é mas não há individualidade nele... Há milhões de processos, mas nenhuma individualidade. Ele não tem centro, é tudo circunferência. É muito difícil você captar isso, a menos que você medite. Por isso Buda não entrava em discussões metafísicas, ele diz: Medite. Porque na meditação essas coisas se tornam mais claras. Quando o pensar para, de repente você vê - o pensador desapareceu. Era uma sombra. E quando o pensador desaparece, como você pode dizer, como você pode sentir "eu sou"? Não sobrou nenhum "eu", você é puro espaço. É o que Buda chama de anatta, o espaço puro do não-eu. É uma experiência fantástica. (...)
OSHO - Destino, Liberdade e Alma

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