"Tenho estado entre católicos, espiritistas, protestantes; maometanos e budistas, entre seguidores de muitas religiões e filosofias e também entre ateus. E vi que essas distinções são mais de forma que de substância. Vi que na realidade só existem dois tipos de homens, qualquer que seja a religião a que pertençam; existem como que duas religiões fundamentais, — a do amor e a do orgulho.
À primeira pertencem os bons, os humildes que perdoam, os que se aproximam do semelhante para compreender e para auxiliar; esses estão perto do bem e de Deus. À segunda religião pertencem os orgulhosos, que discutem para dominar, que desejam destruir para vencer, que se avizinham do semelhante com espírito de contenda, para fazer erguer-se o próprio eu; esses estão distantes do bem e de Deus.
Trata-se de dois métodos opostos, que sob qualquer forma, religião ou filosofia, revelam sempre o homem e sua verdadeira religião, a do bem ou a do mal.
Tenho ensinado sempre, com absoluta imparcialidade, esta religião mais substancial, que ensina sobretudo a amar. Quem agride, quem polemiza, se distancia do amor, que compreende sem discutir e resolve todas as questões perdoando. Sem esta base, que é o fundamento do Evangelho e da natureza de Deus, qualquer religião se toma uma mentira, pois a verdade foi controvertida. Amar é a lei de Deus. Quem não ama, embora seja sábio e poderoso, não vive conforme a lei de Deus."
PIETRO UBALDI.
Capítulo VI.
Livro: Grandes Mensagens.

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