Os amantes de Novembro.

«Ruas e ruas dos amantes

Sem um quarto para o amor

Amantes são sempre extravagantes

E ao frio também faz calor

Pobres amantes escorraçados

Dum tempo sem amor nenhum

Coitados tão engalfinhados

Que sendo dois parecem um

De pé imóveis transportados

Como uma estátua erguida num

Jardim votado ao abandono

De amor juncado e de outono.»

Alexandre O'Neill

no reino da dinamarca 1958

poesias completas

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